Danilo Dutra é um site. Também é um nome e pertence a um cara de trinta e poucos anos. Do interior do Rio de Janeiro para o interior de Minas Gerais, o mundo vai ficando cada vez menor a cada contato.

Cresci desenhando e reparando como traços se ligam e formam coisas. E como esses traços podem tornar as coisas lindas ou simplesmente horrorosas. Apaixonado por carros, queria ser designer automotivo. Mas no Brasil… deixa pra lá!

Sou autodidata em quase todos os softwares com que trabalho. Se está procurando títulos e cursos patrocinados pela Adobe no exterior, lamento. Acredito que criatividade e bom gosto vem desde a célula. A ferramenta para transmitir isso é só um detalhe.

Cursei a faculdade de Design Gráfico (Estácio de Sá / Turma I). Fui trabalhar com projetos, móveis planejados e decoração. Passei por escritórios de arquitetura e atendi muitos arquitetos também. Me encantei pela área. Apareceu a oportunidade de uma Pós em Arquitetura de Interiores (UFJF / Turma I) e lá fui eu. Não terminei! Faculdade Federal, período de eleição, escândalos surgindo na mídia e discussões políticas acaloradas dentro e fora de sala me forçaram a encontrar um novo programa para sextas e sábados.

Nesse meio tempo caí de paraquedas no agronegócio. Não! Eu não virei cowboy nem fazendeiro (infelizmente). Mas descobri o que move esse país dia e noite e fui desenvolver embalagens para rações e insumos. Coisa que havia visto na faculdade cerca de dez anos antes.

Bem, o tempo passou e aqueles problemas políticos da época da pós pioraram. A construção civil desabou, os projetos foram sendo trocados por dicas no Youtube e todo mundo da área reclamava de tudo. Foi então que a luzinha do design brilhou novamente e fui me dedicar 100% ao boom do momento: redes sociais para micros e pequenos empresários.

Descobri apanhando que o mundo era mais que Photoshop e que o CorelDraw tinha virado uma doença venérea na boca das crianças que saíam das faculdades com seus smartphones superpoderosos. Nesse momento estava me sentindo o tio da Sukita.

Mas como o mundo não pára e o vento sempre volta, hoje eu sou aquele designer que faz o que todo designer deveria fazer bem feito: cuido da sua marca, de seus impressos e suas redes sociais. Desenvolvo embalagens e ainda curto aquelas maquetes eletrônicas cheias de detalhes que nossos amigos arquitetos dizem não ter tempo para criar (sei!).

E se me pegar em um dia bom, ainda destravo o Corel, trabalho com arquivo .doc e edito PDF. Coisa que só faz um designer com mais de trinta e poucos anos…